Desde de sua fundação em 2014, o PPGECI realiza diversas ações, entre elas a de cunho social. A cada ano o programa se inicia com um seminário de planejamento, no qual participam todos/as os/as docentes para pensar a curto, médio e longo prazo o programa.

Nosso objetivo é que os mestrados e doutorados acadêmicos comecem a refletir o modo como pensam, fazem pesquisa e como os resultados de suas pesquisas estão sendo devolvidos para a sociedade que é por eles estudada.

Posto isto, podemos observar algumas ações:

  • Desde 2015, por meio de suas dissertações, o PPGECI tem demonstrado real cuidado em promover e realizar pesquisas as quais tenham uma dimensão de inserção social. Basta uma breve análise de títulos, temas, problemas, resumos dos trabalhos disponíveis tanto em nosso site como nesta Plataforma, para confirmar.
  • No ano de 2017, com 17 dissertações defendidas no Programa, considerando as 3 Linhas de Pesquisa, percebemos que os trabalhos realizados pelos/as discentes possuem um cuidado em especial em tentar, a partir dos achados, propor algumas reflexões pragmáticas acerca do objeto estudado. 
  • No ano de 2017, o PPGECI realizou, no segundo semestre, um evento intitulado: “II Seminário Integrado Transculturalismo Crítico, Educação e Identidade”. Este evento, de grande porte, teve o objetivo de se inserir na sociedade e apresentar as discussões que são fomentadas no PPGECI. Por meio dos grupos de pesquisa, por exemplo, o LAHIN – Laboratório da História das Infância do Nordeste, liderado pelo professor Humberto Miranda da Silva, o PPGECI tem conseguido se inserir em discussões relevantes para a sociedade com a qual dialoga de modo mais imediato. 
  • O LAHIN, em consonância com a Escola de Conselhos da UFRPE, criou uma rede de pesquisadores/as da infância e essa rede, em 2017, coordenada por um docente do PPGECI e composta por vários docentes do PPGECI, colaborou na elaboração do Plano Decenal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. 
  • Ainda por meio do II Seminário Integrado, foi possível criar uma metodologia em que rodas de discussão foram realizadas em diversos territórios, fora do espaço físico tanto da FUNDAJ quanto da UFRPE, e espaços territórios, comunidades indígenas, escolas, espaços abertos, e, por essa razão, permitiram que as discussões oriundas das pesquisas do PPGECI estivessem presentes em espaços e tempos longe do considerado ambiente acadêmico, mas muito propício aos temas discutidos. 

Além disso, vale ressaltar que o PPGECI vem atendendo a uma demanda revelada no número de inscritos nos processos seletivos, que continua sendo o número mais expressivo, quando comparados todos os programas da UFRPE, desde a primeira seleção. Nos últimos cinco anos:

  • Em 2020, 177 inscritos e 27 aprovados;
  • Em 2021, 155 inscritos e 30 aprovados;
  • Em 2022, 147 inscritos e 47 aprovados, com 39 matriculados/classificados;
  • Em 2023, foram 164 inscritos e 38 aprovados (matriculados 37);
  • Em 2024, foram 152 inscritos e 30 aprovados;

Impacto e relevância econômica

De modo geral, é possível afirmar que a conclusão do mestrado tem impactos econômicos na trajetória profissional dos/as titulados/as. O PPGECI tem recebido profissionais do serviço público federal, estadual e municipal que aumentam seu salário após terminar o mestrado. É o caso de João Carlos Nascimento, Rosimere da Penha, Maria Graças Manzi, Karla Cabral, Barroca, Zenildo Barbosa, Marcos Soares e Karla Almeida. Ana Emília Castro, egressa é docente da UFPE, está concluindo o doutorado. E ainda dois egressos servidores do Instituto Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco (IFPE) que tiveram salário aumentado e assumiram postos de coordenação.

Os últimos anos se caracterizam por inúmeros concursos públicos para docência — na rede estadual e na Região Metropolitana do Recife. Assim, o título de Mestre contou na prova de títulos, O PPGECI teve egressos titulados. É o caso de Larissa Hanielly e Eduardo Lima.  Um caso diferenciado da egressa Elaine Florêncio que concluiu o doutorado, deixou a rede municipal após ser aprovada em concurso público para professora efetiva da Universidade de Pernambuco (UPE).  

O impacto das bolsas na vida dos discentes tem sido maior porque a escolha dos bolsistas é feita por um edital que adota ações afirmativas combinado critérios socioeconômicos e raciais. Com Impacto Econômico, Social e Cultural, o projeto “Bordando pelo Cuidado: agroecologia e arte-educação em tempos de pandemia” que contou com a colaboração da DP Flávia Peres (2020–2022), em parceria com a coordenação do Bacharelado em Agroecologia da UFRPE, de caráter educacional, visa ampliar os conhecimentos técnicos com abordagens criativas.

Impacto e relevância social

O corpo docente, em sua maioria, tem uma atuação social em parcerias com órgãos públicos, especialmente, secretarias de educação municipais e estaduais, e  interlocução em conselhos gestores de políticas públicas, organizações em rede e fóruns. Essa participação também está presente em parte do corpo discente. Os efeitos são do que se chama de dupla hermenêutica. De um lado, faz com que os conhecimentos produzidos tenham impacto na sociedade e, por outro lado, esse envolvimento repercute na produção acadêmica (de docentes e discentes). Essa característica do PPGECI se traduz em sua produção acadêmica que  extrapola o campo epistêmico da Educação, ao dialogar com a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia, a Agroecologia, a Computação, os estudos de novas mídias e tecnologias, entre outros campos.

A quase totalidade de docentes do PPGECI coordena ou colabora com projetos e ações voltadas para a resolução de questões sociais e formação de educadores engajados.O desempenho do professor Humberto Miranda tem se sobressaído nas áreas de direitos humanos, particularmente, na área de população em situação de rua, direitos da criança e dos adolescentes, tanto no âmbito local, estadual e nacional,  exercendo a coordenação geral do Censo da População de Rua do Recife; do Plano de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes do Recife e Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo; participado da elaboração do Plano nacional de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes.

Um dos desdobramentos do Censo da população de rua do Recife foi a construção do projeto “Pão & Letra”, um programa de extensão desenvolvido pelo PET Letramento, coordenado pelo professor Otávio dos Santos, cujo objetivo é promover práticas de cuidado e alfabetização/letramento para pessoas em situação de rua. O programa hoje conta com bolsas de estudo para os participantes garantidos pela Lei Municipal n.º 19.165 de 20 de dezembro de 2023.

Desde 2022, a DP Emmanuelle Chaves tem participado, representando o NINAPI e a UFRPE, do Comitê Ampliado de Monitoramento do Plano Municipal da Primeira Infância de Recife. O referido comitê pretende avaliar como está se desdobrando a execução do Plano Municipal da Primeira Infância do Recife. A participação neste comitê contribui na educação básica, principalmente, no que diz à qualidade da Educação Infantil, sendo a etapa da Educação Básica que contempla grande parte das crianças que estão na primeira infância (que têm de 0 a 6 anos).

Em 2023, o projeto Circuitos e memórias dos Direitos Humanos no Recife: Pesquisa interdisciplinar sobre os 10 anos da Política de Direitos Humanos do Recife, procurando identificar os afetos, memórias e lugares de mobilização pelos Direitos Humanos na capital pernambucana, resultando na publicação de um livro.

Em 2024, o docente Wagner Lira coordenou o “Plano Municipal para Pessoas Migrantes Internacionais, Apátridas e Refugiadas do Recife”. Este projeto é resultado da parceria entre a UFRPE e a Prefeitura da Cidade do Recife, que  visa mapear a população migrante, refugiada e apátrida na cidade, visando estruturar políticas públicas que promovam seus direitos e garanta sua inserção social.

Nessa mesma linha de articulação entre pesquisa e curso, realiza-se anualmente a Jornada de Estudos das Infâncias, promovida por integrantes do GPIEDUC (docentes, discentes e egressas do PPGECI).  Com o tema “Infâncias em (na) rede: impactos da hiperconectividade e da desconexão de tempos e espaços”, edição 2024, realce-se o envolvimento de outros docentes do PPGECI, aliado à inovação na proposta metodológica, diversificada e inclusiva, com a participação de uma criança na mesa de abertura, e ampla presença de professores e gestores das redes municipais de educação, da cidade do Recife, região metropolitana e demais regiões do Estado.

Impacto e relevância cultural

Docentes do PPGECI têm atuado na gestão de políticas públicas. Sobressai-se o trabalho da DP  Ana Paula Abrahamian de Souza , como coordenadora de Ações Pós-graduação da Fundaj (Lato e Stricto Sensu). Em 2024,  ela coordenou, juntou à Fundaj, o Programa Gestão de Políticas Públicas e Qualidade Social do Ensino Médio, uma iniciativa da Secretaria de educação básica, do MEC, que consistiu na organização de dois cursos: uma especialização e outro de aperfeiçoamento, voltado para as equipes das secretarias estaduais do Brasil, tendo por objetivo a atualização dos Planos de Ação para o Ensino Médio,  em decorrência da legislação aprovada em 2024, que mudou alguns aspectos do chamado Novo Ensino Médio. Nesse curso, a DP Cibele Rodrigues participou como docente em uma disciplina do Curso de Especialização: Construindo qualidade Social da Educação no Ensino Médio — dos compromissos nacionais às propostas locais para as juventudes (45h/a).

Em âmbito nacional, as docentes Cibele Rodrigues e Rachel Mello atuaram no Programa Escola em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC), sendo responsáveis por dois encontros presenciais, que aconteceram na cidade do Recife. O convite decorreu das pesquisas realizadas por essas docentes, no caso de Cibele Rodrigues, por sua participação no Comitê Gestor das Políticas de Educação em Tempo Integral de Pernambuco (entre 2009–2016). O curso envolveu dois representantes de todas as secretarias estaduais e municipais que aderiram ao Programa.

Patrícia Simões, com sua atuação no Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB), com seu grupo de pesquisa, foi responsável pela formação docente na educação infantil, em 2024, no âmbito da secretaria de educação do Estado de Pernambuco.

 

Nucleação; intercâmbios sistemáticos; integração e solidariedade com outros Programas/Instituições; participação em projetos de cooperação entre PPG

O PPGECI possui integração sistemática com o ProfSocio (programa em rede nacional que tem uma das sedes na Fundaj), na realização de eventos no chamado Seminário em Rede. Compartilham espaços, eventos, cursos e a possibilidade do corpo discente cursar disciplinas nos dois programas.

Em 2024, Flávia Peres faz parte da equipe de coordenação de um projeto conjunto com o Laboratório Multiusuários em Humanidades (MultiHlab) para manutenção e aquisição de equipamentos para as atividades de pesquisa, ensino e extensão. Seu objetivo é desenvolver, aperfeiçoar práticas e conteúdos didáticos com uso das Tecnologias Digitais voltados à formação de professores e, de redes de conhecimento entre pós-graduação, graduação e educação básica.

O projeto “MultiHlab”, proposto pela Fundaj, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),  conta com o apoio financeiro da FACEPE, com vigência de 24 meses (2024 a 2026). Processo n.º  APQ-2107-7.08/24. Esse laboratório é um equipamento que está sob coordenação da professora Viviane Toraci (FUNDAJ/ProfSocio). A elaboração e implementação das atividades são realizadas pelos membros do MultiHlab, do DEMULTS e do grupo de pesquisa em Comunicação, Mudanças Sociais e Direitos — COMUDI/UFRPE. Desenvolvem trabalhos com conteúdos de comunicação comunitária para a criação, partilha e aplicação de tecnologias sociais junto a entidades civis em territórios periféricos da Região Metropolitana do Recife. 

A equipe principal desse projeto é formada pelas líderes dos grupos de pesquisa interdisciplinares Grupo de estudos e pesquisas em políticas, práticas e conteúdos curriculares em Humanidades na escola (GePecH), Viviane Toraci; Grupo de Pesquisa Comunicação, Mudanças Sociais e Direitos - COMUDI/DECISO/UFRPE, Giuseppa Spenillo; e o Grupo de Pesquisa Desenvolvimento Educacional de Multimídias Sustentáveis DEMULTS/DED/UFRPE, Flávia Peres. O Comitê Gestor é composto pela coordenação do MultiHlab, representantes da FUNDAJ e demais indicados pelos grupos de pesquisa parceiros, do quadro de servidores da UFRPE.

A realização do Encontro de Pesquisa Educacional de Pernambuco (EPEPE), evento idealizado, promovido e financiado pela Fundaj resulta em uma articulação entre os Programas de Pós-graduação em Educação do Estado, em 2024 marcou sua nona edição.

Uma parceria colaborativa e duradoura é a participação da DP Cibele Rodrigues, no INCT/Gestrado/UFMG. Outras parcerias podem ser listadas como pontuais, a exemplo, com o Programa de Pós-graduação em Educação da UFPE (PPGEduc) expressa em diversos projetos de pesquisa e extensão entre o DP Maurício Antunes (PPGECI/FUNDAJ) com os professores Rui Mesquita (UFPE) e André Ferreira da Silva (UFPE).

Em 2024, iniciou uma parceria com o Programa de Pós-graduação em Educação da UFAL, que resultou na organização de um Dossiê Políticas educativas na América Latina e disputas pelo direito à educação na Revista “Debates em Educação” e realização de um seminário internacional com a professora Nora Gluz, da Universidade de Buenos Aires (UBA), Argentina (organizadora do dossiê).

O PPGECI se insere socialmente na medida em que consegue realizar atividades, através de seus grupos de pesquisa, que criam laços com redes de pesquisadores e pesquisadoras, muitas vezes, desvinculados das academias, mas relevantes para os estudos empíricos e teóricos que nós desenvolvemos.